sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Cúpula da SSP pede prisão preventiva do ex-superintendente da Seic

SÃO LUÍS – O delegado Jefferson Portela, secretário da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP), afirmou, na tarde desta sexta-feira (23), que já foi solicitada ao Poder Judiciário a prisão do delegado Thiago Bardal, ex-superintendente da Seic, o qual é suspeito de integrar uma organização criminosa de contrabando.
Sobre as declarações do delegado Thiago Bardal de que estava sendo acusado de cometer crimes, mas nem havia sido ouvido oficialmente, o secretário afirmou que, primeiro a polícia tem que ouvir as pessoas presas em flagrante delito.
“Ele (Bardal) sabe que investigado não é ouvido primeiro. Primeiro a gente colhe informações, para depois indagar a pessoa apontada sobre os fatos colhidos. Se ele tivesse no local ele teria sido preso em flagrante e ouvido, mas ele saiu do local e não voltou”, declarou Jefferson Portela.
Ainda de acordo com Portela, o delegado Bardal deu várias versões diferentes sobre o motivo pelo qual estava na área da operação policial.
“Para a primeira equipe policial que o abordou, ele disse que estava vindo de uma festa no sítio. Já para a segunda equipe, ele disse que tinha ido procurar um sítio para comprar. Depois ele falou que tinha ido assistir ao jogo do Vasco na estrada do Quebra-Pote. Então, são três versões aliada às outras duas que ele disse a mim e ao delegado-geral, alegando que estava em serviço”, explicou o secretário.
Sobre o fato do ex-superintendente da Seic ter afirmando que sua exoneração foi precipitada, o secretário da SSP enfatizou que não houve precipitação e sim uma atitude à altura do problema.
“Na medida em que ele estava no local do crime, saindo já do local onde a carga já havia chegado, ele disse que estava em serviço, então porque não agiu contra o crime? Ora, se ele estava em serviço, ele chegou lá primeiro do que a Polícia Militar. Então, quem tinha que ter dado voz de prisão em flagrante era ele que estava mais à frente. Mas ele já estava voltando do local dos fatos, quando foi abordado pela Polícia Militar. Então, se ele estava em serviço ele teria que ter convocado uma ação policial de prisão. Como é que ele está em serviço e sai do local do crime?”, questionou Jefferson Portela.
Sobre o andamento das investigações, o secretário da SSP-MA afirma que mais pessoas serão ouvidas.
“Mais provas serão analisadas, além da arrecadação de objeto a exemplo da grande carga que estava no galpão, sendo que um caminhão não foi suficiente para transportar tudo aquilo, pois é um volume muito grande. E vamos fazer a análise dos depoimentos para produzir novos chamamentos com base naquilo que foi citado. Agora, nós vamos aprofundar tudo aquilo que foi colhido no flagrante, para sistematizar e apontar para a conclusão do inquérito policial”, explicou o secretário.
Imirante

Nenhum comentário:

Postar um comentário