Análise

                                                                          

Nos últimos anos a sucessão municipal em Paço do Lumiar nunca foi tão disputada como será  em 2012. Três fatores novos colaboram para este episódio.

Primeiro- o eleitorado de Paço do Lumiar  deixou de acompanhar a política local, ou seja,  a exemplo do resto do país  perdeu a credibilidade  na classe política. O que se percebe ultimamente  é que o individualismo está acima do coletivo. Não importa se a rua está asfaltada, ou se o posto médico está funcionando. O que está em jogo é o poder de barganha. Quanto maior o eleitorado na família melhores propostas serão ofertadas, empregos na prefeitura e até  dinheiro em espécie. A figura do líder comunitário, aquele que em nome da comunidade buscava beneficio para a mesma e que tinha seu trabalho reconhecido  muitas das vezes tinha um acento no parlamento ,esse também   perdeu a credibilidade perante as suas comunidades até mesmo porque estes se transformaram em mercenários. 

Segundo- a corrupção. Aqui em Paço do Lumiar a sucessão municipal se transformou num verdadeiro empreendimento. Antigamente o eleitor votava naquele que tinha serviço junto a comunidade e que  apresentava melhores propostas para o desenvolvimento do município. Hoje o que está em jogo é o poder econômico. Quanto mais rico o candidato maior probabilidade de vencer a eleição, não importa se é do município ou se pertence a outro planeta. Estima-se que a campanha para prefeito está avaliada em torno de cinco a dez milhões de reais. Vale a pena o investimento, pois segundo o pauta zero a prefeita Bia Aroso já desviou em menos de três anos dezesseis  milhões de reais, fora  dez milhões de reais que está sendo investigado pelo MPF de convênios repassado  pelo   Governo Federal, somando-se um total de vinte e seis milhões de reais em menos de três anos.

Terceiro – a impunidade. Em Paço do Lumiar o gestor público pode desviar (roubar) dinheiro público a vontade, que o judiciário não tá nem aí, as  vezes alguns integrantes desse poder  terminam até ganhando presentes desses administradores.

eita prefeitura rica que não quebra!