O juiz Ronaldo Maciel converteu, na noite desta segunda-feira (26), a prisão em flagrante em prisão preventiva a oito pessoas acusadas de participar de uma quadrilha especializada em contrabando de armas, cigarros e bebidas para São Luís.
Das oito pessoas, três são policiais militares. O juiz justificou a
prisão alegando a plausabilidade de ocorrência de organização criminosa e
a participação dos acusados. Em relação ao delegado Thiago Bardal - que
era superintendente de investigações criminais no Maranhão e foi
exonerado do cargo na quinta-feira (22) por suspeita de envolvimento com
o crime organizado -, a decisão ainda não aconteceu.
A Secretaria de Segurança Pública fez o pedido de prisão preventiva contra o delegado,
mas o pedido ainda está com o Ministério Público e não chegou às mãos
do juiz. O nome dos acusados não-militares que tiveram a prisão
preventiva decretada são:
- Rogério Sousa Garcia
- Edmilson Silva Macedo
- José Carlos Gonçalves
- Rodrigo Santana Mendes
- Éder Carvalho Pereira
Além deles, três policiais militares são acusados de participares da
quadrilha de contrabandistas e também tiveram a prisão preventiva
convertida. São eles:
- Luciano Fábio Farias Rangel – Major
- Fernando Paiva Morais Junior - Soldado
- Joaquim Pereira de Carvalho Silva – Sargento
Entenda o caso
Policiais Militares e outras cinco pessoas que não integram a polícia
são suspeitas de integrarem um grupo criminoso com atuação na Região
Metropolitana de São Luís. Os militares foram presos na manhã desta
quinta-feira (22), no Arraial, no Quebra Pote, zona rural de São Luís.
Armas, bebidas alcoólicas e cigarros foram apreendidos também.
A operação foi realizada pela Polícia Militar. No
caminho para o Quebra Pote, Thiago Bardal foi encontrado próximo da
região suspeita em um carro com outro homem, que seria o seu advogado.
Ao ser questionado, o superintendente afirmou que estava vindo de uma
festa, mas depois mudou a versão falando que procurava um sítio para
compra, segundo o secretário de segurança pública, Jefferson Portella.
O secretário também informou que, após a abordagem ao delegado,
policiais seguiram até um porto privado, localizado em um sítio da
região do Quebra Pote. Por lá eles também encontraram uma patrulha de
militares dentro de um carro, que foram abordados e presosO comandante de área na região onde ocorreu a operação, coronel
Edivaldo Mesquita, confirmou que os presos eram um major, dois sargentos
e um soldado. Outras sete pessoas também foram presas por suspeita de
integrarem o grupo de contrabandistas. Armas, bebidas alcoólicas e
cigarros também foram apreendidas.
Na tarde de quinta-feira (22), Thiago Bardal foi exonerado do cargo e
depois a SSP pediu a prisão preventiva dele. Na sexta (23), a delegada Nilmar da Gama assumiu o cargo de superintendente da superintendência de investigações criminais.
Bardal disse que não conhece nenhuma das pessoas presas na operação e que foi abordado por policiais militares duas horas antes da operação e a cerca de 5 km de distância do local em questão.
g1globo
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