Colegas da ministra Cármen Lúcia no Supremo Tribunal Federal (STF) já percebem desconforto da presidente da Corte para colocar na pauta de julgamentos a ação que discute a constitucionalidade da prisão a partir da condenação em segunda instância.
A pressão maior é de integrantes do PT que tem percorrido gabinetes do STF em busca de conversas com ministros para colocar o tema na pauta.
Isso porque, na avalição do núcleo petista, é mais seguro votar um caso genérico do que colocar na pauta um recurso especfíco do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesta terça-feira (6), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, por unanimidade, pedido de habeas corpus preventivo apresentado pela defesa para evitar a prisão do ex-presidente Lula.
A negativa do STJ não permite o início do cumprimento da pena de 12 anos em regime fechado à qual ele foi condenado em janeiro no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Na avaliação do PT, a única chance de Lula escapar da prisão é obter uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal (STF), quarta e última instância da Justiça.
Na semana passada, a própria Cármen Lúcia foi surpreendida com a presença de parlamentares do PT – inclusive Gleisi Hoffmann, presidente do partido – que foram ao seu gabinete a pedido do ministro Ricardo Lewandowski.
Vários outros petistas foram vistos nos corredores do Supremo apresentando pedido semelhante. Entre eles Jaques Wagner, Gilberto Carvalho, José Eduardo Cardozo e Sigmaringa Seixas.
"Nunca o Supremo foi tão pressionado; nem durante o período do mensalão", desabafou ao blog um integrante do Supremo.
Com a decisão do STJ, o PT joga todas as fichas no Supremo para evitar a prisão de Lula e reverter o entendimento de que condenados a partir da segunda instância já podem cumprir a pena de prisão.
g1globo
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